quinta-feira, 17 de novembro de 2011

vacas magras e vacas gordas / Gênesis 41.1 á 57














Linguagem de Hoje

Gênesis

41.1   Dois anos se passaram. Um dia o rei do Egito sonhou que estava de pé na beira do rio Nilo.

41.2   De repente, saíram do rio sete vacas bonitas e gordas, que começaram a comer o capim da beira do rio.

41.3   Logo em seguida saíram do rio outras sete vacas, feias e magras, que foram ficar perto das primeiras vacas, na beira do rio.

41.4   E as vacas feias e magras engoliram as bonitas e gordas. Aí o rei acordou.

41.5   Mas tornou a dormir e teve outro sonho. Desta vez ele viu sete espigas de trigo que saíam de um mesmo pé; elas eram boas e cheias de grãos.

41.6   Depois saíram sete espigas secas e queimadas pelo vento quente do deserto

41.7   e elas engoliram as sete espigas cheias e boas. O rei acordou: tinha sido um sonho.

41.8   De manhã ele estava muito preocupado e por isso mandou chamar todos os adivinhos e todos os sábios do Egito. O rei contou os seus sonhos, mas nenhum dos sábios foi capaz de dar a explicação.

41.9   Então o chefe dos copeiros disse ao rei: — Chegou a hora de confessar um erro que cometi.

41.10   Um dia o senhor ficou com raiva de mim e do chefe dos padeiros e nos mandou para a cadeia, na casa do capitão da guarda.

41.11   Certa noite cada um de nós teve um sonho, e cada sonho queria dizer uma coisa.

41.12   Lá na cadeia estava com a gente um moço hebreu, que era escravo do capitão da guarda. Contamos a esse moço os nossos sonhos, e ele explicou o que queriam dizer.

41.13   E tudo deu certo, exatamente como ele havia falado. Eu voltei para o meu serviço, e o padeiro foi enforcado.

41.14   Então o rei mandou chamar José, e foram depressa tirá-lo da cadeia. Ele fez a barba, trocou de roupa e se apresentou ao rei.

41.15   Então o rei disse: — Eu tive um sonho que ninguém conseguiu explicar. Ouvi dizer que você é capaz de explicar sonhos.

41.16   — Isso não depende de mim — respondeu José. — É Deus quem vai dar uma resposta para o bem do senhor, ó rei.

41.17   Aí o rei disse: — Sonhei que estava de pé na beira do rio Nilo.

41.18   De repente, saíram do rio sete vacas bonitas e gordas, que começaram a comer o capim da beira do rio.

41.19   Depois saíram do rio outras sete vacas, mas estas eram feias e magras. Em toda a minha vida eu nunca vi no Egito vacas tão feias como aquelas.

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 41.20   E as vacas feias e magras engoliram as bonitas e gordas,

 
 
 41.21   mas nem dava para notar isso, pois elas continuavam tão feias como antes. Então eu acordei.

41.22   Depois tive outro sonho. Eu vi sete espigas de trigo boas e cheias de grãos, as quais saíam de um mesmo pé.

41.23   Depois saíram sete espigas secas e queimadas pelo vento quente do deserto

41.24   e elas engoliram as sete espigas cheias e boas. Eu contei os sonhos aos adivinhos, mas nenhum deles foi capaz de explicá-los.

41.25   Então José disse ao rei: — Os dois sonhos querem dizer a mesma coisa. Por meio deles Deus está dizendo ao senhor o que ele vai fazer.

41.26   As sete vacas bonitas são sete anos, e as sete espigas boas também são. Os dois sonhos querem dizer uma coisa só.

41.27   As sete vacas magras e feias que saíram do rio depois das bonitas e também as sete espigas secas e queimadas pelo vento quente do deserto são sete anos em que vai faltar comida.

41.28   É exatamente como eu disse: Deus mostrou ao senhor, ó rei, o que ele vai fazer.

41.29   Virão sete anos em que vai haver muito alimento em todo o Egito.

41.30   Depois virão sete anos de fome.

41.31   E a fome será tão terrível, que ninguém lembrará do tempo em que houve muito alimento no Egito.

41.32   A repetição do sonho quer dizer que Deus resolveu fazer isso e vai fazer logo.

41.33   E José continuou: — Portanto, será bom que o senhor, ó rei, escolha um homem inteligente e sábio e o ponha para dirigir o país.

41.34   O rei também deve escolher homens que ficarão encarregados de viajar por todo o país para recolher a quinta parte de todas as colheitas, durante os sete anos em que elas forem boas.

41.35   Durante os anos bons que estão chegando, esses homens ajuntarão todo o trigo que puderem e o guardarão em armazéns nas cidades, sendo tudo controlado pelo senhor.

41.36   Assim, o mantimento servirá para abastecer o país durante os sete anos de fome no Egito, e o povo não morrerá de fome.

41.37   O conselho de José agradou ao rei e aos seus funcionários.

41.38   E o rei lhes disse: — Não poderíamos achar ninguém melhor para dirigir o país do que José, um homem em quem está o Espírito de Deus.

41.39   Depois virou-se para José e disse: — Deus lhe mostrou tudo isso, e assim está claro que não há ninguém que tenha mais capacidade e sabedoria do que você.

41.40   Você vai ficar encarregado do meu palácio, e todo o meu povo obedecerá às suas ordens. Só eu terei mais autoridade do que você, pois sou o rei.

41.41   Neste momento eu o ponho como governador de todo o Egito.

41.42   Então o rei tirou do dedo o seu anel-sinete e o colocou no dedo de José. Em seguida mandou que o vestissem com roupas de linho fino e pôs uma corrente de ouro no pescoço dele.

41.43   Depois fez com que José subisse no carro reservado para a maior autoridade do Egito depois do rei e mandou que os seus homens fossem na frente dele, gritando: “Abram caminho!” Assim, José foi posto como governador de todo o Egito.

41.44   O rei disse a José: — Eu sou o rei, mas sem a sua licença ninguém poderá fazer nada em toda a terra do Egito.

41.45-46   O rei pôs em José o nome de Zafenate Panéia e lhe deu como esposa Asenate, filha de Potífera, que era sacerdote da cidade de Heliópolis. José tinha trinta anos quando entrou para o serviço do rei do Egito. Ele saiu da presença do rei e viajou por todo o Egito.

41.47   Durante os sete anos de fartura a terra produziu cereais em grande quantidade.

41.48   E José ajuntou todos os cereais e os guardou em armazéns nas cidades, ficando em cada cidade os cereais colhidos nos campos vizinhos.

41.49   José ajuntou tanto mantimento, que desistiu de pesar, pois não dava mais: parecia a areia da praia do mar.

41.50   Antes de começarem os anos de fome, José teve dois filhos com a sua mulher Asenate.

41.51   Pôs no primeiro o nome de Manassés e explicou assim: “Deus me fez esquecer todos os meus sofrimentos e toda a família do meu pai.”

41.52   No segundo filho pôs o nome de Efraim e disse: “Deus me deu filhos no país onde tenho sofrido.”

41.53   Então acabaram-se os sete anos de fartura no Egito,

41.54   e, como José tinha dito, começaram os sete anos de fome. Nos outros países o povo passava fome, mas em todo o Egito havia o que comer.

41.55   Quando os egípcios começaram a passar fome, foram pedir alimentos ao rei. Ele disse: — Vão falar com José e façam o que ele disser.

41.56   Quando a fome aumentou no país inteiro, José abriu todos os armazéns e começou a vender cereais aos egípcios.

41.57   E de todos os países vinha gente ao Egito para comprar cereais de José, pois no mundo inteiro havia uma grande falta de alimentos.

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