sexta-feira, 31 de maio de 2013

José do Egito


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Foto 1 de 11
José do Egito
Após ser humilhada pelo próprio pai, Azenate fica sem lugar para morar e sem direção na vida. Para se disfarçar, ela troca de roupa com um mendigo e decide ir até a prisão em que José está

Foto 2 de 11
José do Egito
Ao ver Azenate, José fica chocado. Ele não acredita que sua amada está num lugar tão perigoso. Ele fica preocupado com a moça


Foto 3 de 11
José do Egito
A situação na prisão é caótica, com sofrimento, dor e humilhação para todos os lados. José é entregue a Seneb

Foto 4 de 11
José do Egito
Em meio à confusão, José pede que Azenate não se mova


Foto 5 de 11
José do Egito
Seneb, o carcereiro da prisão, é ferido durante um motim e, em vez de fugir, José decide ficar para ajudá-lo. Azenate, com medo de não ver mais o amado, fica lá para ajudá-lo


Foto 6 de 11
José do Egito
Com a ajuda de Azenate, José leva Seneb para seu quarto. Azenate cuida da ferida de Seneb


Foto 7 de 11
José do Egito
Depois que tudo se acalma, José e Azenate conversam com mais tranquilidade. Ele fica feliz ao descobrir que a jovem desistiu de ser sacerdotisa 


Foto 8 de 11
José do Egito
José acalma Azenate, que teme pelo futuro, e a beija carinhosamente


Foto 9 de 11
José do Egito
José se emociona ao contar sua história para Azenate. Um guarda que fazia a ronda vê a moça dentro da cela e a reconhece. O casal fica acuado frente ao guarda e os presos, que temem pela ira de Seth



Foto 10 de 11
José do Egito
O que será que vai acontecer com o casal?



Gênesis 37.

José e os seus irmãos
1Jacó ficou morando na terra de Canaã, onde o seu pai tinha vivido. 2Esta é a história da família de Jacó.
Quando José era um jovem de dezessete anos, cuidava das ovelhas e das cabras, junto com os seus irmãos, os filhos de Bila e de Zilpa, que eram mulheres do seu pai. E José contava ao pai as coisas erradas que os seus irmãos faziam.
 3Jacó já era velho quando José nasceu e por isso ele o amava mais do que a todos os seus outros filhos. Jacó mandou fazer para José uma túnica longa, de mangas compridas. 4Os irmãos viam que o pai amava mais a José do que a eles e por isso tinham ódio dele e eram grosseiros quando falavam com ele.
5Certa vez José teve um sonho e o contou aos seus irmãos. Aí é que ficaram com mais raiva dele 6porque ele disse assim:
— Escutem, que eu vou contar o sonho que tive.7Sonhei que estávamos no campo amarrando feixes de trigo. De repente, o meu feixe ficou de pé, e os feixes de vocês se colocaram em volta do meu e se curvavam diante dele.
8Então os irmãos perguntaram:
— Quer dizer que você vai ser nosso rei e que vai mandar em nós?
E ficaram com mais ódio dele ainda por causa dos seus sonhos e do jeito que ele os contava.
 9Depois José sonhou outra vez e contou também esse sonho aos seus irmãos. Ele disse assim:
— Eu tive outro sonho. Desta vez o sol, a lua e onze estrelas se curvaram diante de mim.
 10Quando José contou esse sonho ao pai e aos irmãos, o pai o repreendeu e disse:
— O que quer dizer esse sonho que você teve? Por acaso a sua mãe, os seus irmãos e eu vamos nos ajoelhar diante de você e encostar o rosto no chão?
 11Os irmãos de José tinham inveja dele, mas o seu pai ficou pensando no caso.
José é vendido e levado para o Egito
12Um dia os irmãos de José levaram as ovelhas e as cabras do seu pai até os pastos que ficavam perto da cidade de Siquém. 13Então Jacó disse a José:
— Venha cá. Vou mandar você até Siquém, onde os seus irmãos estão cuidando das ovelhas e das cabras.
— Estou pronto para ir — respondeu José.
 14Jacó disse:
— Vá lá e veja se os seus irmãos e os animais vão bem e me traga notícias.
Então dali, do vale de Hebrom, Jacó mandou que José fosse até Siquém, e ele foi. Quando chegou lá, 15ele foi andando pelo campo. Aí um homem o viu e perguntou:
— O que você está procurando?
 16— Estou procurando os meus irmãos — respondeu José. — Eles estão por aí, em algum pasto, cuidando das ovelhas e das cabras. O senhor sabe aonde foram?
 17O homem respondeu:
— Eles já foram embora daqui. Eu ouvi quando disseram que iam para Dotã.
Aí José foi procurar os seus irmãos e os achou em Dotã. 18Eles viram José de longe e, antes que chegasse perto, começaram a fazer planos para matá-lo. 19Eles disseram:
— Lá vem o sonhador! 20Venham, vamos matá-lo agora. Depois jogaremos o corpo num poço seco e diremos que um animal selvagem o devorou. Assim, veremos no que vão dar os sonhos dele.
 21Quando Rúben ouviu isso, quis salvá-lo dos seus irmãos e disse:
— Não vamos matá-lo. 22Não derramem sangue. Vocês podem jogá-lo neste poço, aqui no deserto, mas não o machuquem.
Rúben disse isso porque planejava salvá-lo dos irmãos e mandá-lo de volta ao pai. 23Quando José chegou ao lugar onde os seus irmãos estavam, eles arrancaram dele a túnica longa, de mangas compridas, que ele estava vestindo. 24Depois o pegaram e o jogaram no poço, que estava vazio e seco. 25E sentaram-se para comer. De repente, viram que ia passando uma caravana de ismaelitas que vinha de Gileade e ia para o Egito. Os seus camelos estavam carregados de perfumes e de especiarias.26Aí Judá disse aos irmãos:
— O que vamos ganhar se matarmos o nosso irmão e depois escondermos a sua morte?27Em vez de o matarmos, vamos vendê-lo a esses ismaelitas. Afinal de contas ele é nosso irmão, é do nosso sangue.
Os irmãos concordaram. 28Quando alguns negociantes midianitas passaram por ali, os irmãos de José o tiraram do poço e o venderam aos ismaelitas por vinte barras de prata. E os ismaelitas levaram José para o Egito.
 29Quando Rúben voltou ao poço e viu que José não estava lá dentro, rasgou as suas roupas em sinal de tristeza. 30Ele voltou para o lugar onde os seus irmãos estavam e disse:
— O rapaz não está mais lá! E agora o que é que eu vou fazer?
 31Então os irmãos mataram um cabrito e com o sangue mancharam a túnica de José. 32Depois levaram a túnica ao pai e disseram:
— Achamos isso aí. Será que é a túnica do seu filho?
 33Jacó a reconheceu e disse:
— Sim, é a túnica do meu filho! Certamente algum animal selvagem o despedaçou e devorou.
 34Então, em sinal de tristeza, Jacó rasgou as suas roupas e vestiu roupa de luto. E durante muito tempo ficou de luto pelo seu filho. 35Todos os seus filhos e filhas tentaram consolá-lo, mas ele não quis ser consolado e disse:
— Vou ficar de luto por meu filho até que vá me encontrar com ele no mundo dos mortos.
E continuou de luto por seu filho José. 36Enquanto isso, os midianitas venderam José a Potifar, oficial e capitão da guarda do rei do Egito.
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Gênesis 38

Judá e Tamar
1Por esse tempo Judá se separou dos seus irmãos e foi morar na casa de um homem chamado Hira, que era da cidade de Adulã. 2Ali Judá ficou conhecendo a filha de um cananeu chamado Sua. Judá casou com ela, 3e ela lhe deu um filho, a quem ele chamou de Er. 4Ela ficou grávida outra vez e teve outro filho, a quem ela deu o nome de Onã.5Depois ela teve mais um filho, em quem ela pôs o nome de Selá. Judá estava em Quezibe quando esse menino nasceu.
6Judá casou Er, o seu filho mais velho, com uma mulher chamada Tamar. 7Senhor Deus não gostava da vida perversa que Er levava e por isso o matou. 8Então Judá disse a Onã:
— Vá e tenha relações com a viúva do seu irmão. Assim, você cumprirá o seu dever de cunhado para que o seu irmão tenha descendentes por meio de você.
 9Ora, Onã sabia que o filho que nascesse não seria considerado como seu. Por isso, cada vez que tinha relações com a viúva do seu irmão, ele deixava que o esperma caísse no chão para que o seu irmão não tivesse descendentes por meio dele. 10OSenhor ficou desgostoso com o que Onã estava fazendo e o matou também. 11Então Judá disse a Tamar, a sua nora:
— Volte para a casa do seu pai e continue viúva até que o meu filho Selá fique adulto.
Ele disse isso porque tinha medo que Selá fosse morto, como havia acontecido com os seus irmãos. Assim, Tamar foi morar na casa do pai dela.
 12Passado algum tempo, a mulher de Judá morreu. Quando acabou o luto, Judá foi até Timnate, onde estavam cortando a lã das suas ovelhas. E o seu amigo Hira, de Adulã, foi com ele.13Alguém contou a Tamar que o seu sogro ia a Timnate a fim de cortar a lã das suas ovelhas. 14Então ela trocou de roupa, deixando de lado as suas roupas de viúva, cobriu o rosto com um véu e se disfarçou. Em seguida foi e se sentou perto da entrada da cidade de Enaim, que fica no caminho para Timnate. Ela fez isso porque sabia muito bem que Selá já era homem feito, mas Judá não havia mandado que ele casasse com ela.
 15Quando Judá a viu, pensou que era uma prostituta, pois ela estava com o rosto coberto. 16Ele foi falar com ela na beira do caminho, sem saber que era a sua nora. Ele disse:
— Você quer ir para a cama comigo?
Ela perguntou:
— Quanto é que você me paga?
 17Ele respondeu:
— Eu lhe mando um cabrito do meu rebanho.
— Está bem — disse ela. — Mas deixe alguma coisa comigo como garantia de que você vai mandar o cabrito.
 18Judá perguntou:
— O que você quer que eu deixe?
Ela respondeu:
— O seu sinete com o cordão e também o bastão que você tem na mão.
Então Judá entregou os objetos. Ele teve relações com ela, e ela ficou grávida. 19Tamar voltou para casa, tirou o véu e vestiu as suas roupas de viúva.
20Mais tarde Judá mandou o seu amigo Hira levar o cabrito e trazer de volta os objetos que havia deixado com ela, mas Hira não a encontrou. 21Ele perguntou aos homens de Enaim se sabiam onde estava a prostituta que costumava ficar na beira da estrada.
— Aqui não esteve nenhuma prostituta — foi a resposta deles.
 22Hira voltou e disse a Judá:
— Não encontrei a mulher. E os homens do lugar disseram que ali nunca havia estado nenhuma prostituta.
 23Então Judá disse:
— Pois ela que fique com as minhas coisas. Assim, ninguém vai zombar de nós. Eu mandei o cabrito, mas você não encontrou a mulher.
 24Passados uns três meses, foram dizer a Judá:
— A sua nora agiu como prostituta e agora está grávida.
Aí Judá disse:
— Tragam essa mulher para fora a fim de ser queimada!
 25Quando a estavam tirando da sua casa, ela mandou dizer ao seu sogro: “Quem me engravidou foi o dono destas coisas. Examine e veja de quem são o sinete com o cordão e o bastão.” 26Judá reconheceu as coisas e disse:
— Ela tem mais razão do que eu; pois prometi casá-la com o meu filho Selá, mas não cumpri a promessa.
E nunca mais teve relações com ela.
27Na hora de Tamar dar à luz, descobriram que ia ter gêmeos. 28Quando ela estava no trabalho de parto, um dos gêmeos pôs uma das mãos para fora. A parteira pegou uma fita vermelha e amarrou na mão dele. E disse:
— Este saiu primeiro.
 29Mas ele puxou a mão, e o irmão gêmeo nasceu primeiro. Então a parteira disse:
— Como você abriu caminho!
E puseram nele o nome de Peres.
 30Depois nasceu o outro, o que estava com a fita vermelha amarrada na mão, e ele recebeu o nome de Zera.
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Gênesis 39

José na casa de Potifar
1José foi levado para o Egito, onde os ismaelitas o venderam a um egípcio chamado Potifar, um oficial que era o capitão da guarda do palácio. 2Senhor Deus estava com José. Ele morava na casa do seu dono e ia muito bem em tudo. 3O dono de José viu que o Senhor estava com ele e o abençoava em tudo o que fazia. 4Assim, José ganhou a simpatia do seu dono, que o pôs como seu ajudante particular. Potifar deu a José a responsabilidade de cuidar da sua casa e tomar conta de tudo o que era seu. 5Dali em diante, por causa de José, oSenhor abençoou o lar do egípcio e também tudo o que ele tinha em casa e no campo. 6Potifar entregou nas mãos de José tudo o que tinha e não se preocupava com nada, a não ser com a comida que comia.
José era um belo tipo de homem e simpático. 7Algum tempo depois, a mulher do seu dono começou a cobiçar José. Um dia ela disse:
— Venha, vamos para a cama.
 8Ele recusou, dizendo assim:
— Escute! O meu dono não precisa se preocupar com nada nesta casa, pois eu estou aqui. Ele me pôs como responsável por tudo o que tem. 9Nesta casa eu mando tanto quanto ele. Aqui eu posso ter o que quiser, menos a senhora, pois é mulher dele. Sendo assim, como poderia eu fazer uma coisa tão imoral e pecar contra Deus?
 10Todos os dias ela insistia que ele fosse para a cama com ela, mas José não concordava e também evitava estar perto dela. 11Mas um dia, como de costume, ele entrou na casa para fazer o seu trabalho, e nenhum empregado estava ali. 12Então ela o agarrou pela capa e disse:
— Venha, vamos para a cama.
Mas ele escapou e correu para fora, deixando a capa nas mãos dela. 13Quando notou que, ao fugir, ele havia deixado a capa nas suas mãos, 14a mulher chamou os empregados da casa e disse:
— Vejam só! Este hebreu, que o meu marido trouxe para casa, está nos insultando. Ele entrou no meu quarto e quis ter relações comigo, mas eu gritei o mais alto que pude. 15Logo que comecei a gritar bem alto, ele fugiu, deixando a sua capa no meu quarto.
 16Ela guardou a capa até que o dono de José voltou. 17Aí contou a mesma história, assim:
— Esse escravo hebreu, que você trouxe para casa, entrou no meu quarto e quis abusar de mim.18Mas eu gritei bem alto, e ele correu para fora, deixando a sua capa no meu quarto. 19Veja só de que jeito o seu escravo me tratou!
Quando ouviu essa história, o dono de José ficou com muita raiva. 20Ele agarrou José e o pôs na cadeia onde ficavam os presos do rei. E José ficou ali.21Mas o Senhor estava com ele e o abençoou, de modo que ele conquistou a simpatia do carcereiro. 22Este pôs José como encarregado de todos os outros presos, e era ele quem mandava em tudo o que se fazia na cadeia. 23O carcereiro não se preocupava com nada do que estava entregue a José, pois o Senhor estava com ele e o abençoava em tudo o que fazia.
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Gênesis 40.

José explica dois sonhos
1Passado algum tempo, o rei do Egito foi ofendido por dois dos seus servidores, isto é, o chefe dos copeiros, que era encarregado de servir vinho, e o chefe dos padeiros. 2O rei ficou furioso com os dois 3e mandou que fossem postos na cadeia que ficava na casa do capitão da guarda, no mesmo lugar onde José estava preso. 4Eles ficaram muito tempo ali, e o capitão deu a José a tarefa de cuidar deles.
 5Certa noite, ali na cadeia, o copeiro e o padeiro tiveram um sonho cada um. E cada sonho queria dizer alguma coisa. 6Quando José veio vê-los de manhã, notou que estavam preocupados.7Então perguntou:
— Por que vocês estão com essa cara tão triste hoje?
 8Eles responderam:
— Cada um de nós teve um sonho, e não há ninguém que saiba explicar o que esses sonhos querem dizer.
— É Deus quem dá à gente a capacidade de explicar os sonhos — disse José. — Vamos, contem o que sonharam.
 9Então o chefe dos copeiros contou o seu sonho. Ele disse:
— Sonhei que na minha frente havia uma parreira 10que tinha três galhos. Assim que as folhas saíam, apareciam as flores, e estas viravam uvas maduras. 11Eu estava segurando o copo do rei; espremia as uvas no copo e o entregava ao rei.
 12José disse:
— A explicação é a seguinte: os três galhos são três dias. 13Daqui a três dias o rei vai mandar soltá-lo. Você vai voltar ao seu trabalho e servirá vinho ao rei, como fazia antes. 14Porém, quando você estiver muito bem lá, lembre de mim e por favor tenha a bondade de falar a meu respeito com o rei, ajudando-me assim a sair desta cadeia. 15A verdade é que foi à força que me tiraram da terra dos hebreus e me trouxeram para o Egito; e mesmo aqui no Egito não fiz nada para vir parar na cadeia.
 16Quando o chefe dos padeiros viu que a explicação era boa, disse:
— Eu também tive um sonho. Sonhei que estava carregando na cabeça três cestos de pão.17No cesto de cima havia todo tipo de comidas assadas que os padeiros fazem para o rei. E as aves vinham e comiam dessas comidas.
 18José explicou assim:
— O seu sonho quer dizer isto: os três cestos são três dias. 19Daqui a três dias o rei vai soltá-lo e vai mandar cortar a sua cabeça. Depois o seu corpo será pendurado num poste de madeira, e as aves comerão a sua carne.
 20Três dias depois o rei comemorou o seu aniversário, oferecendo um banquete a todos os seus funcionários. Ele mandou soltar o chefe dos copeiros e o chefe dos padeiros e deu ordem para que viessem ao banquete. 21-22E aconteceu exatamente o que José tinha dito: o rei fez com que o copeiro voltasse ao seu antigo trabalho de servir vinho ao rei e mandou que o padeiro fosse executado. 23Porém o chefe dos copeiros não lembrou de José; esqueceu dele completamente.
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Gênesis 41.


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Gênesis 41.

José explica os sonhos do rei
1Dois anos se passaram. Um dia o rei do Egito sonhou que estava de pé na beira do rio Nilo. 2De repente, saíram do rio sete vacas bonitas e gordas, que começaram a comer o capim da beira do rio. 3Logo em seguida saíram do rio outras sete vacas, feias e magras, que foram ficar perto das primeiras vacas, na beira do rio. 4E as vacas feias e magras engoliram as bonitas e gordas.
Aí o rei acordou. 5Mas tornou a dormir e teve outro sonho. Desta vez ele viu sete espigas de trigo que saíam de um mesmo pé; elas eram boas e cheias de grãos. 6Depois saíram sete espigas secas e queimadas pelo vento quente do deserto 7e elas engoliram as sete espigas cheias e boas.
O rei  cordou: tinha sido um sonho. 8De manhã ele estava muito preocupado e por isso mandou  

chamar todos os adivinhos e todos os sábios do Egito. O rei contou os seus sonhos, mas nenhum dos sábios foi capaz de dar a explicação. 9Então o chefe dos copeiros disse ao rei:
— Chegou a hora de confessar um erro que cometi.10Um dia o senhor ficou com raiva de mim e do chefe dos padeiros e nos mandou para a cadeia, na casa do capitão da guarda. 11Certa noite cada um de nós teve um sonho, e cada sonho queria dizer uma coisa. 12Lá na cadeia estava com a gente um moço hebreu, que era escravo do capitão da guarda. Contamos a esse moço os nossos sonhos, e ele explicou o que queriam dizer. 13E tudo deu certo, exatamente como ele havia falado. Eu voltei para o meu serviço, e o padeiro foi enforcado.
 14Então o rei mandou chamar José, e foram depressa tirá-lo da cadeia. Ele fez a barba, trocou de roupa e se apresentou ao rei. 15Então o rei disse:
— Eu tive um sonho que ninguém conseguiu explicar. Ouvi dizer que você é capaz de explicar sonhos.
 16— Isso não depende de mim — respondeu José. — É Deus quem vai dar uma resposta para o bem do senhor, ó rei.
 17Aí o rei disse:
— Sonhei que estava de pé na beira do rio Nilo. 18De repente, saíram do rio sete vacas bonitas e gordas, que começaram a comer o capim da beira do rio. 19Depois saíram do rio outras sete vacas, mas estas eram feias e magras. Em toda 



a minha vida eu nunca vi no Egito vacas tão feias como aquelas.20E as vacas feias e magras engoliram as bonitas e gordas,21mas nem dava para notar isso, pois elas continuavam tão feias como antes. Então eu acordei. 22Depois tive outro sonho. Eu vi sete espigas de trigo boas e cheias de grãos, as quais saíam de um mesmo pé. 23Depois saíram sete espigas secas e queimadas pelo vento quente do deserto 24e elas engoliram as sete espigas cheias e boas. Eu contei os sonhos aos adivinhos, mas nenhum deles foi capaz de explicá-los.
25Então José disse ao rei:
— Os dois sonhos querem dizer a mesma coisa. Por meio deles Deus está dizendo ao senhor o que ele vai fazer. 26As sete vacas bonitas são sete anos, e as sete espigas boas também são. Os dois sonhos querem dizer uma coisa só. 27As sete vacas magras e feias que saíram do rio depois das bonitas e também as sete espigas secas e queimadas pelo vento quente do deserto são sete anos em que vai faltar comida. 28É exatamente como eu disse: Deus mostrou ao senhor, ó rei, o que ele vai fazer.29Virão sete anos em que vai haver muito alimento em todo o Egito. 30Depois virão sete anos de fome. 31E a fome será tão terrível, que ninguém lembrará do tempo em que houve muito alimento no Egito. 32A repetição do sonho quer dizer que Deus resolveu fazer isso e vai fazer logo.
 33E José continuou:
— Portanto, será bom que o senhor, ó rei, escolha um homem inteligente e sábio e o ponha para dirigir o país.34O rei também deve escolher homens que ficarão encarregados de viajar por todo o país para recolher a quinta parte de todas as colheitas, durante os sete anos em que elas forem boas. 35Durante os anos bons que estão chegando, esses homens ajuntarão todo o trigo que puderem e o guardarão em armazéns nas cidades, sendo tudo controlado pelo senhor. 36Assim, o mantimento servirá para abastecer o país durante os sete anos de fome no Egito, e o povo não morrerá de fome.
José como governador do Egito
37O conselho de José agradou ao rei e aos seus funcionários. 38E o rei lhes disse:
— Não poderíamos achar ninguém melhor para dirigir o país do que José, um homem em quem está o Espírito de Deus.
 39Depois virou-se para José e disse:
— Deus lhe mostrou tudo isso, e assim está claro que não há ninguém que tenha mais capacidade e sabedoria do que você. 40Você vai ficar encarregado do meu palácio, e todo o meu povo obedecerá às suas ordens. Só eu terei mais autoridade do que você, pois sou o rei.41Neste momento eu o ponho como governador de todo o Egito.
 42Então o rei tirou do dedo o seu anel-sinete e o colocou no dedo de José. Em seguida mandou que o vestissem com roupas de linho fino e pôs uma corrente de ouro no pescoço dele. 43Depois fez com que José subisse no carro reservado para a maior autoridade do Egito depois do rei e mandou que os seus homens fossem na frente dele, gritando: “Abram caminho!” Assim, José foi posto como governador de todo o Egito. 44O rei disse a José:
— Eu sou o rei, mas sem a sua licença ninguém poderá fazer nada em toda a terra do Egito.
 45-46O rei pôs em José o nome de Zafenate Paneia e lhe deu como esposa Asenate, filha de Potífera, que era sacerdote da cidade de Heliópolis.
José tinha trinta anos quando entrou para o serviço do rei do Egito. Ele saiu da presença do rei e viajou por todo o Egito.47Durante os sete anos de fartura a terra produziu cereais em grande quantidade. 48E José ajuntou todos os cereais e os guardou em armazéns nas cidades, ficando em cada cidade os cereais colhidos nos campos vizinhos. 49José ajuntou tanto mantimento, que desistiu de pesar, pois não dava mais: parecia a areia da praia do mar.
 50Antes de começarem os anos de fome, José teve dois filhos com a sua mulher Asenate. 51Pôs no primeiro o nome de Manassés e explicou assim: “Deus me fez esquecer todos os meus sofrimentos e toda a família do meu pai.” 52No segundo filho pôs o nome de Efraim e disse: “Deus me deu filhos no país onde tenho sofrido.”
 53Então acabaram-se os sete anos de fartura no Egito, 54e, como José tinha dito, começaram os sete anos de fome. Nos outros países o povo passava fome, mas em todo o Egito havia o que comer. 55Quando os egípcios começaram a passar fome, foram pedir alimentos ao rei. Ele disse:
— Vão falar com José e façam o que ele disser.
 56Quando a fome aumentou no país inteiro, José abriu todos os armazéns e começou a vender cereais aos egípcios. 57E de todos os países vinha gente ao Egito para comprar cereais de José, pois no mundo inteiro havia uma grande falta de alimentos.
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Gênesis 42.

Os irmãos de José vão até o Egito
1Quando Jacó soube que havia mantimentos no Egito, disse aos filhos:
— Por que vocês estão aí de braços cruzados?2Ouvi dizer que no Egito há mantimentos. Vão até lá e comprem cereais para não morrermos de fome.
 3Então os dez irmãos de José por parte de pai foram até o Egito para comprar mantimentos. 4Mas Jacó não deixou que Benjamim, o irmão de José por parte de pai e de mãe, fosse com eles; ele tinha medo de que lhe acontecesse alguma desgraça.5Os filhos de Jacó foram comprar mantimentos junto com outras pessoas, pois em todo o país de Canaã havia fome.
6Como governador do Egito, era José quem vendia cereais às pessoas que vinham de outras terras. Quando os irmãos de José chegaram, eles se ajoelharam na frente dele e encostaram o rosto no chão. 7Logo que José viu os seus irmãos, ele os reconheceu, mas fez de conta que não os conhecia. E lhes perguntou com voz dura:
— Vocês, de onde vêm?
— Da terra de Canaã — responderam. — Queremos comprar mantimentos.
 8José reconheceu os seus irmãos, mas eles não o reconheceram. 9Então José lembrou dos sonhos que tinha tido a respeito deles e disse:
— Vocês são espiões que vieram para ver os pontos fracos do nosso país.
 10Eles responderam:
— De modo nenhum, senhor. Nós, os seus criados, viemos para comprar mantimentos.11Somos filhos de um mesmo pai. Nós não somos espiões, senhor! Somos gente honesta.
 12— Não acredito — disse José. — Vocês vieram para ver os pontos fracos do nosso país.
 13Eles disseram:
— Nós moramos em Canaã. Somos ao todo doze irmãos, filhos do mesmo pai. Mas um irmão desapareceu, e o mais novo está neste momento com o nosso pai.
 14José respondeu:
— É como eu disse: vocês são espiões. 15E o jeito de provar que vocês estão dizendo a verdade é este: enquanto o irmão mais moço de vocês não vier para cá, vocês não sairão daqui. Isso eu juro pela vida do rei! 16Um de vocês irá buscá-lo, mas os outros ficarão presos até que fique provado se estão ou não dizendo a verdade. Se não estão, é que vocês são espiões. Juro pela vida do rei!
 17E os pôs na cadeia por três dias. 18No terceiro dia José disse a eles:
— Eu sou uma pessoa que teme a Deus. Vou deixar que vocês fiquem vivos, mas com uma condição. 19Se, de fato, são pessoas honestas, que um de vocês fique aqui na cadeia, e que os outros voltem para casa, levando mantimentos para matar a fome das suas famílias. 20Depois tragam aqui o seu irmão mais moço. Isso provará se vocês estão ou não dizendo a verdade; e, se estiverem, não serão mortos.
Eles concordaram 21e disseram uns aos outros:
— De fato, nós agora estamos sofrendo por causa daquilo que fizemos com o nosso irmão. Nós vimos a sua aflição quando pedia que tivéssemos pena dele, porém não nos importamos. Por isso agora é a nossa vez de ficarmos aflitos.
 22E Rúben disse assim:
— Eu bem que disse que não maltratassem o rapaz, mas vocês não quiseram me ouvir. Por isso agora estamos pagando pela morte dele.
 23Eles não sabiam que José estava entendendo o que diziam, pois ele tinha estado falando com eles por meio de um intérprete. 24José saiu de perto deles e começou a chorar. Quando pôde falar outra vez, voltou, separou Simeão e mandou que fosse amarrado na presença deles.
Os irmãos de José voltam para Canaã
25José mandou que os empregados enchessem de mantimentos os sacos que os irmãos haviam trazido e que devolvessem o dinheiro de cada um, colocando-o nos sacos de mantimentos. E também que lhes dessem comida para a viagem. E assim foi feito. 26Os irmãos de José carregaram os jumentos com os mantimentos que haviam comprado e foram embora. 27Quando chegaram ao lugar onde iam passar a noite, um deles abriu um saco para dar comida ao seu animal e viu que o seu dinheiro estava ali na boca do saco de mantimentos. 28Ele disse aos irmãos:
— Vejam só! O meu dinheiro está aqui no meu saco de mantimentos! Eles devolveram!
Todos ficaram muito assustados e, tremendo de medo, perguntavam uns aos outros:
— O que será isso que Deus fez com a gente?
 29Quando chegaram a Canaã, contaram a Jacó, o seu pai, tudo o que havia acontecido com eles. E disseram:
 30— Aquele homem, o governador do Egito, tratou a gente com brutalidade e nos acusou de termos ido ao seu país como espiões. 31Nós respondemos: “Somos homens honestos; não somos espiões. 32Somos ao todo doze irmãos, filhos do mesmo pai. Mas um dos nossos irmãos desapareceu, e o mais novo está neste momento com o nosso pai em Canaã.” 33O governador respondeu: “Eu tenho um jeito de descobrir se vocês são homens honestos. Um de vocês ficará aqui comigo, e os outros vão voltar, levando um pouco de mantimento para as suas famílias, que estão passando fome. 34Mas tragam aqui para mim o seu irmão mais novo. Assim, eu ficarei sabendo que vocês não são espiões, mas homens honestos. Aí entregarei o irmão de vocês, e vocês poderão ficar aqui negociando.”
35Aconteceu que, quando despejaram os mantimentos, cada um achou na boca do saco um saquinho com o seu dinheiro. Quando eles e o seu pai viram o dinheiro, ficaram com medo.36Então Jacó disse:
— Vocês querem que eu perca todos os meus filhos? José não está com a gente, e Simeão também não está. Agora vocês querem levar Benjamim, e quem sofre com tudo isso sou eu!
 37Aí Rúben disse ao pai:
— Deixe que eu tome conta de Benjamim; eu o trarei de volta para o senhor. Se não trouxer, o senhor pode matar os meus dois filhos.
 38Jacó respondeu:
— O meu filho não vai com vocês. José, o irmão dele, está morto, e só ficou Benjamim. Alguma coisa poderia acontecer com ele na viagem que vão fazer, e assim vocês matariam de tristeza este velho.
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Gênesis 42.